terça-feira, 6 de agosto de 2013

1º Encontro de Família de alunos com surdez: Participação do Coral em Libras das escolas Municipais Profº Plínio Mendes dos Santos e Pe Tomaz Ghirardelli



Foto:César Krügel  

 O 1º Encontro de Família de alunos com surdez destaca a importância do engajamento dos pais.

Os pais de alunos surdos que estudam nas escolas municipais de Campo Grande prestigiaram o 1º Encontro de Família de alunos com surdez da Reme (Rede Municipal de Ensino) realizado nesta segunda-feira pela Semed (Secretaria Municipal de Educação). O auditório da Escola de Governo do Município (Egov) lotado foi a demonstração do quanto os familiares estão engajados com o processo de inclusão dos filhos e com a integração escola-família.

Ao abrir o evento, o secretário municipal de Educação, José Chadid ressaltou a importância da participação dos pais e o compromisso da administração do prefeito Alcides Bernal (PP) em buscar uma educação de excelência, promovendo a justiça social, a humanização e a garantia dos direitos sociais. Na abertura, alunos surdos das escolas municipais Profº Plínio Mendes dos Santos e Pe Tomaz Ghirardelli apresentaram à plateia por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais) a música “Tocando em Frente, de Rodrigo Teixeira e Almir Sater,  deixando pais e professores emocionados. *

Segundo o secretário Municipal de Educação, a educação é o caminho para a emancipação e a inclusão e acessibilidade fazem parte desse contexto. “Essa é a premissa do prefeito que pediu para que eu dissesse a todos vocês que não vai medir esforços para ofertar recursos e serviços especializados na educação especial e que a parceria com a família continuará a ser importante nesse processo da inclusão social”, disse Chadid aos pais presentes. De acordo com o titular da Semed, a Reme está atenta ao movimento mundial pela educação escolar inclusiva como ação política, cultural, social e pedagógica buscando meios para assegurar uma educação de qualidade a todos os alunos.

Neste primeiro semestre do ano foram atendidos cerca de 80 alunos surdos, matriculados em 34 escolas e cinco ceinfs que são acompanhados por intérpretes de Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa. Hoje, a Reme conta com 50 profissionais intérpretes que em sala de aula contribuem para que os alunos surdos se comuniquem com os professores e colegas.

Entre as intérpretes presentes no Encontro, Adriana Gomes Manoel da Silva foi a escolhida para contar sua história de como chegou a ser Pedagoga e a atuar na educação infantil com crianças surdas. Segundo ela, saber da surdez da filha foi o momento mai difícil para ela e de acordo com ela, para todo pai e mãe. “Percebi que tinha que fazer algo e ao longo do tempo fui me aprofundando na Libras, me identifiquei com a educação e hoje não me comunico só com minha filha, mas com tantas outras crianças”, disse Adriana.

A filha de Adriana, a jovem de 15 anos Milena Silva se considera estudiosa e garante que não tem problema em se comunicar com os colegas de sala de aula. “Todos me respeitam e não me sinto excluída”, destacou a jovem. A mãe ao traduzir a fala da filha, mostra orgulho de ter hoje uma adolescente que é boa aluna, participa das atividades da escola e tem perspectivas para o futuro.

O evento contou ainda com a palestra da coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico ao Aluno com Surdez, Dolores Alves Pereira de Britto que reforço aos pais a importância deles no processo de educação e emancipação dos filhos. Com experiência de 20 anos na área da educação especial, Dolores Britto lembrou aos pais o avanço no ensino, nos recursos e no acesso à educação da pessoa com surdez. “A família sempre foi parte importante e fundamental desse processo”, disse.

O casal Nilza Maria e Nelson Ricardo Costa Jimenez acreditam que a família deve entender que a parceria com a escola é o caminho para ajudar os filhos. O filho deles, hoje com 18 anos, está no 8ª ano. “Eu me comunico com ele em Libras aprendi a conversar com ele,a compreendê-lo e ajudá-lo”, disse a mãe. Nelson quer ir mais longe ainda e aprender a Libras para, futuramente, ser um profissional interprete. “Já estou no 2º módulo e vou adiante”, garante.

O encontro contou com a participação da Superintendente da Educação Especial da Semed, Maria Salete da Silva Floresti, da chefe da Educação Especial, Adriana Buytendorp, de professores e profissionais intérpretes da Reme.

Educação Inclusiva

O Decreto n. 5626 de 22 de dezembro de 2005 garante que a educação da pessoa com surdez no Brasil deve ser bilíngue, assegurando o acesso à educação por meio da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua. O mesmo Decreto, que regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, reconhece a Libras como meio legal de comunicação e expressão e em seu Capítulo IV, Art.14, parágrafo 1º9 e inciso V, propõe que as instituições de ensino apoiem “na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos, funcionários, direção e familiares”.

Além do acompanhamento do profissional intérprete, a SEMED também oferece o Atendimento Educacional Especializado – AEE na Sala de Recurso Multifuncional, que ocorre em três escolas Polo, no contra turno do ensino comum. Ademais, anualmente, são oferecidos gratuitamente cursos de Libras para professores, familiares e comunidade em geral.  Fonte/Autor: Marta Benedito Mte/MS184

clique no link para ver mais detalhes e fotos. A foto principal é do coral em libras do AEE das escolas Municipais Profº Plínio Mendes dos Santos e Pe Tomaz Ghirardelli! *Meus alunos, eu  estava na regência. ;)

1 º encontro de Família de alunos com surdez - Coral em Libras

domingo, 4 de agosto de 2013

Fechamento disciplina - AEE

Fechamento - AEE
Nome das Cursista: Andreza Sales Ferreira
Número da Turma: T26a –                                  05/08/2013
Estado / Município Polo: Mato Grosso do Sul – MS / Campo Grande - MS
Estado / Município Abrangência: Mato Grosso do Sul / Campo Grande - MS

Atendimento Educacional Especializado: direito do aluno com necessidades específicas

Segundo a Política de Educação Especial, na perspectiva inclusiva de 2008 o Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação especial que visa identificar, elaborar, organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as necessidades particulares dos discentes (SEESP/MEC, 2008).
Sendo assim vemos que é obrigação do governo ou gestão municipal oferecer esse serviço ao aluno com necessidades educacionais especiais, isso de acordo, com cada especificidade, e tempo determinado em que o aluno necessite. O AEE vem auxiliar a educação especial como um todo, ela está interligada com a necessidade específica daquele alunado.
È direito do aluno, bem como, da família buscar ajuda e apoio para que o mesmo vença as barreiras que possam o impedir de avançar física, psicológica ou emocionalmente. Sendo assim, mesmo que o discente não freqüente regularmente a uma sala de recursos (SRM) é direito dele e da família quando o aluno não estiver apto a fazê-lo, buscar se cercar de todas as informações cabíveis a fim de esclarecer os direitos civis e escolares para que o aluno avance nas suas potencialidades, isto de acordo com o que ele é capaz de aprender, conforme, a necessidade do mesmo.
Na perspectiva da inclusão escolar o aluno sempre deve ser avaliado por ele mesmo e não em relação pelo restante da sala, deve-se dar tempo ao tempo, estimulando de todas as formas possíveis o avanço desse docente.
Nada obstante, o AEE deve articular-se com a proposta e o projeto pedagógico da escola regular, mesmo que as atividades do mesmo se diferem das que são realizadas no ensino comum e nas salas de aula, é por isso, que de maneira nenhuma devemos julgar ou desmerecer o grande papel do Professor do AEE, nesse elo de conhecimento e aprendizagem, é ele que faz na grande maioria das vezes salas de recursos multifuncionais funcionar mesmo que o mesmo vá fazer esse atendimento de forma domiciliar, haja desta forma a necessidade de ser um professor habilitado para exercer tal função.
Sendo assim, podemos afirmar sem mais delonga que o alunado especial é capaz de se desenvolver, contudo, é de suma importância que a família, colegas, professores regentes, gestão, equipe técnica, professores de SRM com seus recursos e funcionalidades diferenciadas resguardar o mesmo para que possa se desenvolver de acordo com aquilo que ele é capaz: nas potencialidades e diferenças que só ele tem, isto porque lhe é de direito!
Referências

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Secretaria de Educação Especial - MEC/SEESP, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf . Acesso em: 03. ago. 2013.

GOMES, Adriana Leite Lima Verde. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: o atendimento educacional especializado para alunos com deficiência intelectual / Adriana Leite Lima Verde Gomes, Jean-Robert Poulin, Rita Vieira de Figueiredo. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, 2010. v.2. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar).


Ropoli, Edilene Aparecida. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva / Edilene Aparecida Ropoli... [Et.al.]. – Brasília : Ministério da Educação, secretaria de Educação Especial ; [Fortaleza] : Universidade Federal do Ceará, 2010. v.1. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar).